Ansiedade no ambiente de trabalho: Como identificar, entender e superar

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Psicóloga Patricia Silva

Psicóloga Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental

Olá! Sou Patricia Silva, psicóloga especialista em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Hoje, gostaria de conversar com vocês sobre um tema que afeta muitas pessoas no mundo corporativo: a ansiedade no ambiente de trabalho. Como psicóloga comportamental, tenho observado um aumento significativo de casos relacionados a esse assunto, especialmente nos últimos anos, impulsionado por fatores como a crescente competitividade, a cultura do “sempre online” e as rápidas mudanças tecnológicas. Vamos explorar juntos as causas, sintomas e, principalmente, como a TCC pode nos ajudar a lidar com essa questão, oferecendo um caminho para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

Como identificar sintomas de ansiedade no trabalho?

A ansiedade pode se manifestar de diversas formas no ambiente profissional, desde reações emocionais até sintomas físicos. Acredito que é fundamental reconhecer esses sinais precocemente para buscar ajuda adequada e evitar que a situação se agrave. Ignorar os primeiros sinais pode levar a um ciclo vicioso de estresse e ansiedade, impactando negativamente a saúde mental e física a longo prazo. Alguns sintomas comuns incluem:

1. Preocupação excessiva com prazos e metas: Pensamentos constantes e intrusivos sobre não conseguir cumprir as tarefas, mesmo quando há tempo suficiente. Essa preocupação pode se manifestar como catastrofização, onde a pessoa imagina os piores cenários possíveis caso não atinja os objetivos. Por exemplo, um profissional pode passar noites em claro pensando em uma apresentação que só acontecerá na semana seguinte, imaginando que irá “travar”, esquecer o conteúdo e ser ridicularizado pelos colegas e superiores. Essa ruminação constante impede o descanso e a concentração, prejudicando ainda mais o desempenho.
  1. Dificuldade de concentração: Incapacidade de manter o foco nas tarefas, distrações frequentes e sensação de “mente em branco”. Isso pode se manifestar, por exemplo, na dificuldade de ler um relatório importante ou participar de uma reunião sem se perder nos pensamentos. A pessoa pode se sentir constantemente sobrecarregada e incapaz de priorizar as tarefas, o que leva a um ciclo de procrastinação e culpa. Em casos mais graves, a dificuldade de concentração pode impactar a capacidade de aprendizado e a retenção de informações, prejudicando o desenvolvimento profissional.
  2. Irritabilidade e tensão muscular: Sensação de estar constantemente “no limite”, com reações exageradas a pequenos contratempos e dores musculares, especialmente nos ombros e pescoço. A tensão muscular crônica pode levar a dores de cabeça, fadiga e outros problemas de saúde. A irritabilidade pode prejudicar os relacionamentos interpessoais no trabalho, gerando conflitos e dificultando o trabalho em equipe. É importante estar atento a esses sinais e buscar formas de aliviar a tensão, como praticar exercícios de relaxamento ou alongamento durante o dia.
  3. Insônia ou sono irregular: Dificuldade em adormecer, sono interrompido ou sensação de não ter descansado o suficiente, mesmo após horas de sono. A ansiedade pode levar a ruminações mentais que impedem o relaxamento necessário para um sono reparador. A privação do sono, por sua vez, agrava os sintomas de ansiedade, criando um ciclo vicioso. A longo prazo, a insônia pode aumentar o risco de problemas de saúde como depressão, doenças cardiovasculares e diabetes.
  4. Sudorese e palpitações: Sintomas físicos como suor excessivo, coração acelerado e tremores, especialmente em situações de pressão ou estresse. Esses sintomas são resultado da ativação do sistema nervoso simpático, responsável pela resposta de “luta ou fuga”. Em situações de ansiedade, o corpo libera hormônios como adrenalina e cortisol, que preparam o organismo para enfrentar uma ameaça, mesmo que ela não seja real. A ocorrência frequente desses sintomas pode ser um sinal de que a ansiedade está impactando a saúde física e emocional.

É importante lembrar que esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa e nem sempre indicam um transtorno de ansiedade. No entanto, se você se identifica com vários desses sinais e eles estão afetando sua qualidade de vida e desempenho profissional, é hora de buscar ajuda. Um profissional de saúde mental pode realizar uma avaliação completa e indicar o tratamento mais adequado. Na TCC, trabalhamos para identificar padrões individuais de pensamento e comportamento, e desenvolver estratégias personalizadas para lidar com a ansiedade. Isso pode envolver técnicas de reestruturação cognitiva, exposição gradual e treinamento em habilidades sociais.

Quais são as principais causas da ansiedade no trabalho?

A ansiedade no ambiente profissional pode ter diversas origens, desde fatores relacionados à cultura da empresa até questões pessoais. Como psicóloga TCC, costumo explorar com meus pacientes algumas causas frequentes, buscando entender a complexa interação entre o indivíduo e o ambiente de trabalho:

1. Sobrecarga de trabalho: Excesso de tarefas, prazos apertados e falta de recursos para realizar o trabalho de forma eficiente. A sobrecarga pode levar à exaustão (burnout) e à sensação de não ter controle sobre a própria rotina. Muitas vezes, a sobrecarga é resultado de uma cultura organizacional que valoriza o “multitasking” e a disponibilidade constante, sem levar em consideração os limites individuais. É importante aprender a delegar tarefas, priorizar atividades e estabelecer limites claros para evitar a sobrecarga.
  1. Pressão por resultados: Metas inatingíveis, cobranças excessivas e medo de falhar. A pressão constante pode gerar um ciclo de ansiedade e autocrítica, minando a confiança e a motivação. A cultura da meritocracia, quando levada ao extremo, pode criar um ambiente de competição tóxica, onde os funcionários se sentem constantemente avaliados e pressionados a superar os outros. É importante lembrar que o sucesso profissional não deve ser medido apenas por resultados financeiros, mas também pelo bem-estar e pela qualidade de vida.
  2. Conflitos interpessoais: Dificuldades de relacionamento com colegas, chefes ou clientes, como assédio moral (mobbing), fofocas ou competição excessiva. Um ambiente de trabalho tóxico pode ser extremamente desgastante e prejudicial à saúde mental. O assédio moral, em particular, pode ter consequências devastadoras para a vítima, como depressão, ansiedade, síndrome do pânico e até mesmo ideação suicida. É fundamental que as empresas adotem políticas claras de combate ao assédio e incentivem a denúncia de comportamentos abusivos.
  3. Insegurança profissional: Medo de perder o emprego, falta de oportunidades de crescimento e incerteza sobre o futuro na empresa. A insegurança pode levar à ansiedade constante e à dificuldade de se concentrar no presente. Em tempos de instabilidade econômica e rápidas mudanças no mercado de trabalho, a insegurança profissional é uma preocupação crescente para muitos trabalhadores. É importante buscar formas de aumentar a empregabilidade, como investir em qualificação profissional, desenvolver habilidades de comunicação e networking, e manter-se atualizado sobre as tendências do mercado.
  4. Dificuldade em equilibrar vida pessoal e trabalho: Dificuldade em conciliar as demandas do trabalho com as necessidades da vida pessoal, como família, amigos e lazer. O desequilíbrio pode levar ao estresse crônico e à sensação de estar sempre “devendo” em alguma área da vida. A pandemia de COVID-19, com o aumento do trabalho remoto, intensificou essa dificuldade, tornando ainda mais tênue a linha entre o trabalho e a vida pessoal. É fundamental estabelecer limites claros, definir horários de trabalho fixos e reservar tempo para atividades que promovam o bem-estar e o relaxamento.

Na Terapia Cognitivo Comportamental, focamos em entender como nossas interpretações desses eventos influenciam nossas emoções e comportamentos. Por exemplo, a pressão por resultados pode ser vista como uma ameaça paralisante ou como uma oportunidade de crescimento e superação, dependendo de nossa perspectiva e das ferramentas que temos para lidar com ela. A TCC nos ajuda a desenvolver uma visão mais realista e adaptativa das situações, permitindo que enfrentemos os desafios com mais confiança e resiliência.

Como a Terapia Cognitivo Comportamental aborda a ansiedade no trabalho?

A TCC é uma abordagem terapêutica baseada em evidências, que tem se mostrado muito eficaz no tratamento da ansiedade, incluindo aquela relacionada ao ambiente de trabalho. Como psicóloga especialista em TCC, utilizo diversas técnicas para ajudar meus pacientes a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento que contribuem para a ansiedade:

1. Reestruturação cognitiva: Identificamos pensamentos automáticos negativos e distorcidos, como “Eu nunca vou conseguir dar conta desse projeto” ou “Meus colegas são muito mais competentes do que eu”. Esses pensamentos são frequentemente baseados em distorções cognitivas, como generalização excessiva (tirar conclusões amplas a partir de um único evento), pensamento “tudo ou nada” (ver as situações em termos extremos, sem nuances) e filtro mental (focar apenas nos aspectos negativos de uma situação). Em seguida, questionamos a validade desses pensamentos e os substituímos por alternativas mais realistas e adaptativas, como “Esse projeto é desafiador, mas eu tenho as habilidades e o conhecimento necessários para realizá-lo” ou “Cada um tem seus pontos fortes e fracos, e eu posso aprender com meus colegas”. A reestruturação cognitiva nos ajuda a desenvolver uma visão mais equilibrada e objetiva das situações, reduzindo a ansiedade e aumentando a autoconfiança.
  1. Exposição gradual: Ajudamos o paciente a enfrentar situações que causam ansiedade de forma gradual e controlada, começando com situações menos ameaçadoras e avançando progressivamente para as mais desafiadoras. Essa técnica é baseada no princípio de que a ansiedade diminui com a exposição repetida ao estímulo temido. Por exemplo, se a pessoa tem medo de falar em público, podemos começar com apresentações para pequenos grupos de amigos ou familiares, antes de enfrentar uma plateia maior no trabalho. A exposição gradual permite que o paciente desenvolva habilidades de enfrentamento e aprenda a lidar com a ansiedade de forma mais eficaz. É importante ressaltar que a exposição deve ser realizada de forma gradual e respeitando os limites do paciente, para evitar que a experiência se torne traumática.
  2. Técnicas de relaxamento: Ensinamos métodos como respiração diafragmática (inspiração profunda pelo abdômen, em vez do peito) e relaxamento muscular progressivo (tensão e relaxamento de diferentes grupos musculares) para reduzir a tensão física e mental associada à ansiedade. Essas técnicas ativam o sistema nervoso parassimpático, responsável pela resposta de relaxamento do corpo. A prática regular de técnicas de relaxamento pode ajudar a reduzir os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e a promover uma sensação de calma e bem-estar. Além da respiração diafragmática e do relaxamento muscular progressivo, outras técnicas de relaxamento incluem a meditação mindfulness, a visualização guiada e o biofeedback.
  3. Treinamento em habilidades sociais: Desenvolvemos competências para lidar melhor com situações interpessoais desafiadoras no trabalho, como assertividade (expressar suas opiniões e necessidades de forma clara e respeitosa), comunicação não violenta (focar nos sentimentos e necessidades, em vez de julgamentos e acusações) e resolução de conflitos (buscar soluções que atendam aos interesses de todas as partes envolvidas). A falta de habilidades sociais pode levar a conflitos, mal-entendidos e dificuldades de relacionamento no trabalho, o que pode aumentar a ansiedade e o estresse. O treinamento em habilidades sociais ajuda o paciente a desenvolver a confiança e a competência necessárias para lidar com situações interpessoais de forma mais eficaz.
  4. Estabelecimento de metas realistas: Auxiliamos na definição de objetivos alcançáveis e na criação de planos de ação detalhados para atingi-los. Dividir grandes projetos em pequenas tarefas e celebrar cada conquista pode ajudar a reduzir a sensação de sobrecarga e aumentar a motivação. A definição de metas realistas é fundamental para evitar a frustração e a ansiedade. É importante que as metas sejam específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo definido (critérios SMART). Além disso, é importante monitorar o progresso em direção às metas e ajustar o plano de ação conforme necessário.

Acredito que a TCC oferece ferramentas práticas e eficazes para lidar com a ansiedade no trabalho, promovendo mudanças duradouras na forma como pensamos, sentimos e agimos. A TCC não é uma solução mágica, mas um processo de aprendizado e desenvolvimento que requer esforço e dedicação por parte do paciente. No entanto, com o apoio de um terapeuta qualificado, é possível superar a ansiedade e construir uma vida profissional mais saudável e gratificante.

Qual o impacto da ansiedade no desempenho profissional?

A ansiedade pode afetar significativamente nossa performance no trabalho, prejudicando a concentração, a criatividade e a capacidade de tomar decisões. Como psicóloga comportamental, observo frequentemente:

1. Queda na produtividade: Dificuldade em realizar tarefas, procrastinação e aumento do tempo gasto em atividades que antes eram simples. A ansiedade pode levar a um ciclo de procrastinação, onde a pessoa evita as tarefas que causam ansiedade, o que acaba gerando ainda mais ansiedade e culpa.
  1. Dificuldade em tomar decisões: Medo de errar, indecisão e busca excessiva por aprovação alheia. A ansiedade pode paralisar a capacidade de tomar decisões, levando a atrasos e oportunidades perdidas. A busca excessiva por aprovação alheia pode levar a comportamentos de people pleasing, onde a pessoa prioriza as necessidades dos outros em detrimento das suas próprias, o que pode gerar sobrecarga e ressentimento.
  2. Problemas de comunicação com colegas e superiores: Dificuldade em expressar suas opiniões, evitar conflitos ou reações explosivas. A ansiedade pode dificultar a comunicação eficaz, levando a mal-entendidos e conflitos. A dificuldade em expressar as próprias opiniões pode levar a sentimentos de frustração e impotência.
  3. Aumento do absenteísmo: Faltas frequentes ao trabalho, licenças médicas e redução da presença física e mental no ambiente profissional. A ansiedade pode levar a problemas de saúde física e mental, o que pode resultar em faltas ao trabalho e licenças médicas. A redução da presença mental no ambiente profissional, também conhecida como presenteeism, ocorre quando a pessoa está fisicamente presente no trabalho, mas não está totalmente engajada ou produtiva devido à ansiedade ou outros problemas de saúde mental.
  4. Maior propensão a erros: Desatenção, lapsos de memória e dificuldade em seguir instruções. A ansiedade pode prejudicar a atenção e a concentração, aumentando a probabilidade de erros e acidentes no trabalho.

Na terapia online ou presencial, trabalhamos para minimizar esses impactos, desenvolvendo estratégias para lidar com a ansiedade de forma mais eficiente e para recuperar a confiança e o prazer no trabalho. Isso pode envolver técnicas de gerenciamento do tempo, organização de tarefas, comunicação assertiva e resolução de problemas.

Como criar um ambiente de trabalho que promova bem-estar mental?

Como profissionais, podemos contribuir para um ambiente de trabalho mais saudável e acolhedor, onde a saúde mental é valorizada e a ansiedade é tratada com seriedade. Algumas sugestões que costumo compartilhar em minhas sessões de terapia online incluem:

1. Estabelecer limites claros entre vida pessoal e profissional: Definir horários de trabalho fixos, evitar responder e-mails e mensagens fora do expediente e reservar tempo para atividades de lazer e descanso. É importante comunicar esses limites aos colegas e superiores e ser firme em sua manutenção. A tecnologia pode ser uma grande aliada, mas também pode ser uma fonte de estresse se não for utilizada com moderação.
  1. Praticar a comunicação assertiva: Expressar suas opiniões e necessidades de forma clara e respeitosa, dizer “não” quando necessário e evitar sobrecarga de trabalho. A assertividade é uma habilidade fundamental para proteger a saúde mental e evitar o burnout. É importante lembrar que dizer “não” não é ser egoísta, mas sim reconhecer os próprios limites e priorizar o bem-estar.
  2. Cultivar relacionamentos positivos com colegas: Construir laços de amizade, oferecer apoio e celebrar as conquistas uns dos outros. Um ambiente de trabalho com relacionamentos positivos pode ser um fator de proteção contra a ansiedade e o estresse. O apoio social dos colegas pode ajudar a lidar com os desafios do trabalho e a promover um senso de pertencimento e bem-estar.
  3. Buscar feedback construtivo e valorizá-lo: Encarar as críticas como oportunidades de aprendizado e crescimento, em vez de ataques pessoais. O feedback construtivo pode ajudar a identificar áreas de melhoria e a desenvolver habilidades profissionais. É importante estar aberto ao feedback e utilizá-lo para crescer e se desenvolver.
  4. Promover pausas regulares durante o dia de trabalho: Levantar da cadeira, alongar o corpo, respirar fundo e fazer pequenos intervalos para relaxar a mente. A técnica de pomodoro, por exemplo, pode ser muito útil. As pausas regulares podem ajudar a reduzir a fadiga mental e a aumentar a produtividade. É importante aproveitar as pausas para se desconectar do trabalho e fazer algo que seja relaxante e prazeroso.

Lembre-se, a mudança começa com pequenas ações diárias e com a conscientização de que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física. Na TCC, focamos em implementar essas práticas de forma consistente e em monitorar seus resultados. Além disso, é importante que as empresas invistam em programas de promoção da saúde mental e bem-estar no trabalho, como workshops sobre gerenciamento do estresse, mindfulness e comunicação assertiva.

Dicas práticas para lidar com a ansiedade no trabalho

Baseada em minha experiencia como psicóloga TCC, aqui estão 5 dicas práticas que você pode aplicar no seu dia a dia para melhorar os sintomas de ansiedade no trabalho:

1. Pratique mindfulness: Reserve alguns minutos diariamente para exercícios de atenção plena, como meditação ou simplesmente observar a respiração. Isso pode ajudar a reduzir o estresse, melhorar o foco e aumentar a consciência do momento presente. Existem diversos aplicativos e vídeos online que podem te guiar nessa prática, como o Headspace, Calm e Insight Timer. O mindfulness ajuda a desenvolver a capacidade de observar os pensamentos e emoções sem julgamento, o que pode reduzir a reatividade e a ansiedade.
  1. Estabeleça uma rotina de autocuidado: Inclua em sua agenda atividades que promovam bem-estar, como exercícios físicos, hobbies, momentos de relaxamento, leitura ou contato com a natureza. O autocuidado não é um luxo, mas uma necessidade para manter a saúde mental e emocional. É importante identificar as atividades que são mais prazerosas e relaxantes para você e incluí-las em sua rotina. O autocuidado pode ajudar a reduzir o estresse, aumentar a autoestima e promover um senso de bem-estar.
  2. Priorize tarefas: Use técnicas de gerenciamento de tempo, como a matriz de Eisenhower (urgente/importante), para organizar suas atividades por ordem de importância e urgência. Concentre-se nas tarefas mais importantes e delegue ou elimine as menos relevantes. A matriz de Eisenhower divide as tarefas em quatro categorias: urgente e importante, importante mas não urgente, urgente mas não importante e nem urgente nem importante. Ao priorizar as tarefas de acordo com essa matriz, você pode se concentrar nas atividades que realmente importam e evitar se sobrecarregar com tarefas menos relevantes.
  3. Pratique a respiração diafragmática: Em momentos de ansiedade, pare por alguns minutos e foque em sua respiração, inspirando profundamente pelo nariz, sentindo o abdômen se expandir, e expirando lentamente pela boca. Repita o processo algumas vezes até sentir que a tensão diminui. A respiração diafragmática ajuda a ativar o sistema nervoso parassimpático, o que promove uma sensação de calma e relaxamento. É importante praticar a respiração diafragmática regularmente, mesmo quando não estiver se sentindo ansioso, para que ela se torne uma resposta automática em momentos de estresse.
  4. Desafie pensamentos negativos: Quando se pegar tendo pensamentos ansiosos, questione-os. Busque evidências que os apoiem ou refutem, e tente encontrar perspectivas mais equilibradas e realistas. Pergunte-se: “Qual é a probabilidade real de que isso aconteça?” ou “Existe outra forma de ver essa situação?”. O questionamento dos pensamentos negativos é uma técnica fundamental da TCC. Ao desafiar os pensamentos negativos, você pode identificar as distorções cognitivas que estão contribuindo para a ansiedade e substituí-las por pensamentos mais realistas e adaptativos.

Lembre-se, a prática consistente dessas técnicas pode trazer benefícios significativos ao longo do tempo, ajudando você a desenvolver resiliência e a lidar com a ansiedade de forma mais eficaz. É importante ter paciência e persistência, pois a mudança de padrões de pensamento e comportamento leva tempo e esforço.

Conclusão

A ansiedade no ambiente de trabalho é um desafio que muitos enfrentam, mas com as ferramentas certas, é possível gerenciá-la de forma eficaz e construir uma carreira mais saudável e gratificante. A Terapia Cognitivo Comportamental oferece uma abordagem prática e baseada em evidências para lidar com essa questão, ajudando você a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento que contribuem para a ansiedade.

Acredito que cada pessoa tem o potencial de transformar sua relação com o trabalho e a ansiedade, desenvolvendo habilidades para lidar com o estresse, construir relacionamentos saudáveis e encontrar significado e propósito no que faz. Como psicóloga especialista em TCC, meu papel é fornecer o suporte e as ferramentas necessárias para essa jornada de autoconhecimento e crescimento.

Se você se identificou com esse tema e gostaria de explorar mais sobre como a TCC pode ajudar em sua jornada de autoconhecimento e bem-estar, estou aqui para você. Que tal marcarmos uma sessão para conversarmos mais? Será um prazer acolher você em um espaço seguro e sem julgamentos. Entre em contato e vamos juntos descobrir como posso auxiliar no seu processo de crescimento pessoal.

Lembre-se, cuidar da sua saúde mental é um investimento em você mesmo e em sua carreira. Estou aqui para apoiá-lo nessa jornada, seja através da terapia online ou presencial. Juntos, podemos trabalhar para que você alcance uma relação mais saudável e produtiva com seu ambiente de trabalho, encontrando equilíbrio, bem-estar e sucesso profissional.

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